Hoje quero compartilhar o dia em que meu filho, do alto dos seus 04 anos, me ensinou sobre rótulos e o nosso poder de escolha de uma forma que nenhum livro poderia fazer melhor.
Estávamos na festa de aniversário de um amiguinho do Marcos. O momento do “parabéns” estava se aproximando e o pai da criança anunciou que era hora das fotos! Correndo, Marcos veio até mim e disse:
“Mamãe, é hora de tirar fotos, mas eu não quero, eu SOU tímido!”
Essas palavras do meu filho, tão espontâneas e ao mesmo tempo pesadas, me fizeram lembrar das diversas vezes em que eu disse a outras pessoas: “o Marcos é tímido”… Sem intenção, sem nem mesmo perceber, eu tinha construído um rótulo para ele e agora essa parecia ser sua essência e, consequentemente, seu destino.
Mas, como eu acredito que nada nunca está perdido, e que sempre há tempo para construir novas realidades na educação dos nossos filhos, a minha resposta para o Marcos naquele momento foi:
“Filho, você não precisa SER tímido, você pode escolher se quer ser tímido agora ou não!”
Depois desse diálogo, eu tirei fotos com o aniversariante e em nenhum momento insisti para que meu pequeno tomasse uma ou outra atitude. Apenas deixei-o livre para fazer sua própria escolha.
E qual não foi minha surpresa quando, de repente, ele se colocou ao lado do aniversariante e deu o sorriso mais sincero e espontâneo que uma bela foto poderia pedir! Ele escolheu não SER tímido naquele dia!
Essa história me deixou várias lições. Comprovou pra mim que sempre é possível corrigir nossos pequenos erros, como o fato de eu ter dado um rótulo pro meu filho. Como eu sempre digo: a maternidade é um passo de cada vez. Que bom!
Também aprendi que a gente tem que confiar na capacidade dos nossos pequenos de entender nossas palavras e nossa intenção. E dar a eles oportunidades de fazer suas próprias escolhas.
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E você? Já colocou um rótulo no seu filho?
Se quiserem saber mais sobre rótulos e o porquê de não serem uma prática legal, me fala nos comentários que eu preparo um post especial sobre o assunto! 😉